TRADUTOR * NOSSO CONTATO cursosbrasilqualificado@gmail.com

,

6º Lição = Os Dispositivos de Exposição

Os Dispositivos de Exposição

O FOCO
MANUAL:
Pode ser feito com o auxílio de Telêmetro de Imagem Partida ou de Microprismas, que é um recurso óptico presente em algumas câmeras profissionais e pouco usado, hoje em dia, por ter sido substituído por sistemas eletrônicos de focalização automática mais eficientes.
AUTOMÁTICO:
Atualmente, são várias as tecnologias de medição de distância, para ajuste de foco, tais como por emissão de raios infravermelhos, ultra-sônicos etc. São recursos bem desenvolvidos e confiáveis. Algumas câmeras contam com algoritmos inteligentes, capazes de prever onde (a distância focal) um dado objeto em movimento estará no momento do registro.

A EXPOSIÇÃO
É o ato de expor o sensor ou o filme fotográfico a uma quantidade exata de luz, de forma a excitá-lo plenamente e sem excesso, para que uma imagem seja bem registrada, de acordo com a leitura de fotometria (vide parágrafo abaixo). Caso falte luz (subexposição), as áreas mais escuras da imagem vão se esmaecendo, proporcionalmente à falta de luz, chegando a não ser sequer registradas. Do contrário, caso haja excesso, as partes mais claras são sacrificadas, até que cause um quadro completamente branco.

FOTOMETRIA: É o ato de medir a quantidade de luz, de sorte a informar quais os números de diafragma e de velocidade do obturador são indicados para o registro da imagem. A fotometria é realizada pelo FOTÔMETRO (interno), ao se pressionar levemente (na maioria das câmeras) o botão do obturador (disparo). Os resultados da medição dependerão da sensibilidade de ISO ajustada.
Há equipamentos que permitem a configuração do sistema de fotometria em: EVALUATIVE = É o modo mais inteligente presente em câmeras avançadas, que avalia vários pontos no quadro, para analisar o objeto principal, a iluminação de frente e de fundo, brilho etc., para, então, definir quais regulagens de diafragma e velocidade deve-se usar, em função do programa definido pelo fotógrafo (P, Green Zone, Av, Tv etc.);
SPOT (pontual) = Analisa apenas um ponto central do quadro, ignorando as demais áreas;
PARTIAL = É como o SPOT, só que mede uma área maior ao centro (+- 9% da área);
CENTER-WEIGHTED AVERAGE = Calcula a média de iluminação do quadro, mas prioriza a luz presente no centro (média ponderada).
FOTÔMETRO EXTERNO: Essa medição pode ser, também, realizada por equipamentos profissionais dedicados, que só são úteis para fotografia profissional. A precisão da leitura de um fotômetro resulta na qualidade do registro.

CONTROLES BÁSICOS DA EXPOSIÇÃO
As máquinas fotográficas mais avançadas contam com, pelo menos, três recursos essenciais a uma boa fotografia (diafragma ou íris, cortina do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma de ajuste da exposição do filme ou do sensor à luz. Por razões econômicas ou de desenho, alguns equipamentos são construídos com um ou mais desses ajustes com valores medianos fixos. Ou seja, ao invés de contarem com conjuntos eletromecânicos de alta precisão, substituem por circuitos eletrônicos que simulam os seus funcionamentos (p.ex. aparelhos celulares), de forma limitada, ou mesmo não oferecem qualquer ajuste (p.ex. câmeras descartáveis, populares ou falsificadas), tendo suas funções básicas fixadas em valores medianos. Nesses casos, a qualidade final da exposição àluz fica limitada às condições às quais esses equipamentos foram pré-programados, não havendo como o fotógrafo interagir com a exposição.

DISPOSITIVOS MANUAIS DE EXPOSIÇÃO
foto24

CORTINA DO OBTURADORfoto25
É um dispositivo mecânico, controlado eletronicamente nos equipamentos mais avançados, disposto entre a objetiva e o sensor ou filme fotográfico, que é responsável por obstruir o sensor ou filme quando não estiver em registro da imagem e por abrir a cortina durante o período de tempo definido pelo fotógrafo ou pelos cálculos automáticos, de sorte a expor o sensor ou filme à luz necessária ao registro da imagem.

AJUSTE DE VELOCIDADE DO OBTURADOR
Regula a tempo, em frações de segundos, em que a película ou o sensor será exposto à luz. Quanto maior o número de Velocidade, mais rápida será a exposição.
Escala geral: 2”, 1”, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000.
Velocidades altas, “congelam” a cena.
Velocidades baixas, borram os pontos com movimento. (Usar tripé)

FOTOS EM LONGA EXPOSIÇÃO: São fotos registradas a velocidades extremamente baixas, capturadas com tripé e propulsor ou com Timer, para cenas com pouca iluminação (paisagens noturnas) ou quando se pretende enfatizar o movimento.

DIAFRAGMA ou IRIS
Regula a entrada de luz pela objetiva, de forma análoga ao íris do olho humano. Nas máquinas fotográficas, quanto maior o número de f, mais fechado está o diafragma. Escala geral: 1.8, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22.

Nota: Relação óptica do diafragma: Quanto mais aberto, menor profundidade de campo, ou seja, a região em foco limita-se ao plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores deste plano focal. O foco, nesta situação de lente muito aberta, fica muito crítico. À medida em que se fecha o íris ou diafragma, a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente. Vale ressaltar que a arte fotográfica depende, em muito, desse conceito. Uma boa composição fotográfica pode ser conseguida na delimitação das áreas em foco, como meio de guiar o olhar do expectador para o assunto que o fotógrafo deseja que seja percebido.

SENSIBILIDADE

Calibra a leitura do fotômetro (dispositivo que mensura a quantidade de luz do ambiente), em função da sensibilidade à luz desejada. Em câmeras convencionais que usam filmes fotográficos, a sensibilidade é definida em ASA ou ISO e depende da quantidade de prata que foi aplicada neles durante a fabricação. Já no caso de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrônico que regula o quanto sensível à luz ficará o sensor. Quanto maior a sensibilidade à luz (porque mais sais de prata há nos filmes ou mais forçados serão os circuitos eletrônicos), menos luz precisará para o registro da imagem e, em compensação, mais “granulada” ficará a imagem (porque sais de prata não são translúcidos e o excesso de sensibilidade, ajustado eletronicamente, gera ruídos).
Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600...
Nota: Algumas câmeras convencionais recentes, que fazem uso de filmes fotográficos, eram dotadas com um sistema de leitura de ASA (ou ISO) automático, chamado de sistema DX. As bobinas dos filmes fotográficos 135 possuíam um tipo de código de barras, com informações da quantidade de chapas e da sensibilidade do filme.

DISPOSITIVOS AUTOMÁTICOS
foto26
Notem que, nas ilustrações anteriores, por questões econômicas e/ou de desenho, cada câmera possui uma localização própria dessas funções, bem como de quais recursos estão disponíveis.
COMPENSAÇÃO
Ajustes finos para compensar aberrações de leitura do sistema de fotometria, principalmente usado para situações de forte contra-luz ou de objetos muito brancos com fundos escuros. Pode ser ajustado em passos (pontos) inteiros ou frações de exposição.
Varia, em geral, de -2.0 a +2.0 pontos de exposição. Médio: 0.
WHITE BALANCE: Balanço de Branco.
É o ajuste necessário para que a câmera digital filtre as aberrações cromáticas das fontes de luz predominantes da cena, de sorte a deixar a imagem com cores mais naturais. Pode ser feito manualmente (posição set, para “bater o branco”), por ajustes pré-ajustados (lâmpadas fluorescentes, halógenas, sol, tempo nublado etc.) ou automaticamente.

Exercício prático 7: Anote quais recursos (ajustes) têm em sua máquina fotográfica, manuais e automáticos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário